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X-Men: Apocalipse | Crítica

      X-Men: Apocalipse é a sequência de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido e o nono capítulo da série de filmes X-Men. Dirigido por Bryan Singer, com roteiro de Simon Kinberg, essa nova história dos X-Mens tinha tudo para ser grandiosa e muito bem feita. Entretanto, não é isso que vemos.
      Deve-se esclarecer que o filme não é ruim. Muito pelo contrário. Porém, está longe de ser ótimo. Seu desenvolvimento acaba sendo apressado e mal construído, fazendo com que muitas cenas percam a sua importância no decorrer do longa. Um exemplo claro é a relação do Magneto, interpretado brilhantemente por Michael Fassbender. A morte de sua família deveria ter um peso emocional muito forte para ele, mas infelizmente, isto só é mostrado no começo. No decorrer, é como se nada tivesse acontecido.
      O vilão do filme é um ponto que também não agrada. Destinado a construir um novo mundo a partir das cinzas do antigo, somente os mais fortes deveriam sobreviver. Parece até ser um ideal bem simples, mas o Apocalipse acaba se contrariando em suas ideias em determinados momentos. Muitas vezes, sua religião parece ser o que tem de mais importante. O seu visual estranho também incomoda, nos deixando em algumas ocasiões sem o "medo" que o vilão deveria apresentar.
      O terceiro ponto negativo é sua repetição. Para explicar este tópico, basta analisar a cena do Mercúrio. Foi muito bem feita, apesar de ser um tanto quanto longa. O grande problema é que é exatamente a mesma coisa que já vimos no filme anterior. O próprio Erik em dúvida entre ser ou não do mal, é algo repetitivo. E ainda podemos citar a Mística da Jennifer Lawrence. Tudo bem que ela é a estrela principal, mas passar o filme inteiro como humana e ainda ficar com o "drama" de não se aceitar é algo que incomoda. (Nem preciso citar o Hank também, né?)
      Mas nem tudo foi ruim. Por trás dos erros, tivemos ótimos acertos. Os novos mutantes: Scott, Jean, Kurt e até mesmo Ororo são os destaques do filme. Seus problemas como adolescentes, mostra bem o que são os X-Mens. São seres fantásticos, mas que precisam constantemente lidar com os preconceitos e problemas naturais de simples humanos. Nos momentos em que isto foi mostrado, tivemos as melhores cenas, entre todos os filmes dos mutantes.
      Por fim, James McAvoy conseguiu atingir um novo patamar para seu personagem. Este terceiro filme foi sua transição para realmente se tornar o Professor Xavier. Agora, não o vemos mais como problemático e indeciso. Charles se tornou o líder em que todos respeitam e obedecem, buscando sempre conselhos e aprendizados.
      É certo que o futuro destes personagens está em aberto. A FOX tem uma jornada muito mais fácil agora para administrar, basta fazer os mutantes trabalharem. Chega de filmes de origem ou correções da linha temporal. Se um legado ficou com X-Men: Apocalipse, foi que os mutantes merecem algo melhor e que o caminho para alcançar o objetivo está sendo percorrido.

Notas:
Atuações: 9
Dublagem (Brasileira): 8
Desenvolvimento: 6,8
Efeitos Especiais: 8
Figurino: 7
Fotografia: 9,6
Harmonia: 7
Roteiro: 8
Trilha Sonora: 7,5
3D: 7
Nota Final do Filme: 7,8

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