Precisamos falar sobre Black Mirror
Que as séries de TV são a grande aposta do momento, não é mais nenhuma novidade. A cada semestre, surgem novas tentativas dos produtores e showrunners de emplacarem mais um sucesso televisivo, e para quem já entrou na onda de ser um seriador, fica cada vez mais difícil selecionar o que assistir, entre o que vale a pena e o que não parece muito promissor (com a prática, fica mais fácil para o telespectador perceber se a série tem chances de ir para a frente ou não), sendo que sempre há chances de nos enganarmos e apostarmos nossas fichas numa série que acaba sendo cancelada. Sendo assim, neste post vou tentar ajudar os indecisos que já ouviram falar sobre Black Mirror, mas não sabem o que esperar da série – e se você nunca ouviu falar, tenha certeza: você precisa!
Black Mirror foi criada em 2011 pelo humorista e locutor de rádio inglês Charlie Brooker. A série apresenta episódios independentes entre si, desta forma você pode começar pelo especial de Natal e terminar com o primeiro episódio, por exemplo, sem afetar a compreensão acerca dos episódios. Em cada um deles o tema principal a influência da tecnologia na vida das pessoas, que por sua vez tornam-se cada vez mais dependentes, e de como isso afeta seu modo de ser e de se relacionar umas com as outras. Apresentando situações terrivelmente próximas da nossa realidade, a série propõe uma reflexão sobre nosso atual modo de viver, especialmente nesse contexto de Internet, que mais e mais permeia praticamente tudo a nossa volta.
Além de ser um trabalho magistral de roteiro (de deixar muitas séries procedurais no chinelo), após tê-la terminado creio que se trata de algo que todos nós deveríamos assistir, como exercício para refletirmos e sermos melhores. É realmente uma pena que não seja tão conhecida. Mas desde que resolvi assistir (após indicação de vários colegas no Facebook e até de professores!), me preocupo em recomendar, passar adiante, na esperança de que façam o mesmo, e este post não deixa de ser uma extensão disso. Num mundo em que se incentiva cada vez mais a automação, o fazer automático sem reflexão, devemos mais do que nunca resistir ao máximo, uma iniciativa que cabe perfeitamente ao cinema, para além do entretenimento, e – por que não? – também às séries de TV.
As temporadas são curtas, sendo duas até o momento, de três episódios cada, com duração aproximada de 40 minutos, mais um especial de Natal (que, na minha opinião, é o melhor episódio). A série foi renovada, mas ainda não tem data de estreia da terceira temporada. Disponível na Netflix.
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