Crítica do filme "Como eu era antes de você"
O longa traz para a tela a história de Louisa Clark, uma personagem altamente alegre, sorridente, conversadeira, desastrada, sempre se preocupando com o bem-estar de todos – mas, acima de tudo, uma personagem adorável, que cria facilmente empatia com o espectador. De origem humilde, com a família passando por dificuldades financeiras, ela procura um emprego, e acaba sendo contratada para cuidar do jovem milionário Will Traynor, que, em decorrência de um acidente, ficou tetraplégico.
Will, por sua vez, não poderia ser mais diferente de Louisa: amargurado com a sua atual condição, ele tornou-se chato, rabugento e depressivamente sarcástico, tentando de todas as formas evitar as investidas de Lou de aproximar-se dele, e esperando que, inevitavelmente, ela fosse desistir do emprego, como acontecera com as outras pessoas que vieram antes dela. No entanto, tendo que ajudar a família, essa não é uma opção, e após descobrir um segredo da família, Louisa decide enfrentar o mau humor do rapaz com o seu jeito alegre inabalável de ser, e fazer de tudo para melhorar o estado de Will.
A história é leve e divertida – em parte principalmente pelo jeito doce de Louisa (e pela interpretação surpreendente da Emilia Clarke); por outro lado, trata sutilmente de uma temática séria e ainda considerada um tabu em nossa sociedade. Para não soltar spoilers, não será revelado aqui exatamente do que se trata tal temática, apenas que o filme soube trata-la sob vários aspectos, respeitando os diferentes pontos de vista defendidos pelos personagens, equilibrando, assim, comédia romântica com uma carga dramática – em outras palavras, você vai rir e também se emocionar bastante.
Outros acertos do filme ficam por conta da escolha dos atores protagonistas: Emilia Clarke e Sam Caflin funcionam muito bem juntos, e o elenco de apoio também não deixa a desejar – com destaque para o Matthew Lewis, intérprete do querido Neville Longbottom (da série Harry Potter), que no filme faz o papel do namorado de Louisa, Patrick. Além disso, há um aprofundamento no psicológico dos personagens, especialmente Will, que o aproxima um pouco mais do espectador, fazendo este compreender o seu drama e as suas escolhas, ainda que não concorde com elas.
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