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White God: o filme para quem ama ou odeia cães!

       Há muitos e muitos meses atrás, quando divulgaram as primeiras imagens e o trailer de White God, juro que fiquei sem fôlego e contando os dias para assistir. Meus amigos mais próximos certamente já ouviram falar bastante dessa obra húngara que me deixou super empolgada. Uniu duas coisas que eu simplesmente amo em um filme: sangue e cães! Assim que acabei de assistir (poucos minutos antes de eu me sentar aqui para escrever esse post) eu disse com toda a certeza que superou e muito as minhas expectativas.



      O que eu escrevi no título é verdade. É um filme feito para qualquer pessoa; para aquela que mantém relação de ódio ou de amor com a raça canina. Acredito que o filme provocará debates polêmicos, claro, mas mesmo quem não gosta de cachorros (e possui o mínimo de senso) terá de admitir que esse filme é uma obra e tanto.
      A película dirigida por Kornél Mundruczó agrada àqueles que procuram por filmes que, após serem assistidos, deixam o espectador pensando por um tempo. Uma história que fala sobre o abandono de Hagen, um cachorro inicialmente dócil e inocente, criado por uma criança, e que se transforma ao percorrer uma triste e dolorosa trajetória nas ruas, em um vingador feroz e líder de uma matilha de cães igualmente abalados. Budapeste ficou, literalmente, mergulhada em sangue.  História semelhante ocorreu na China (mas dessa vez é de verdade), quando um cachorro foi chutado por um homem e voltou com alguns amigos para se vingar.
      Para quem ama cães e não suporta ver cenas de maus tratos, um aviso: muitas lágrimas irão rolar. O drama é sensacional, porém não deixa de ser chocante demais. Mas, em compensação, a atuação dos quase 200 animais é incrível. Inclusive, o filme faturou o prêmio Palma Canina no Festival de Cannes do ano passado, um "oscar" para os melhores amigos do homem.
 



      É uma crítica social muito forte e bem presente, que demorou a ser feita. Como foram usados cães de verdade, treiná-los deve ter sido bastante trabalhoso e exigido uma grande engenhosidade. Foram usados cachorros de uma Sociedade Protetora dos Animais e, após a exibição do filme, todos foram adotados. Kornél, que inclusive interpretou um dos antagonistas e vítima da grande vingança de Hagen, explicou que "White God" faz referência ao homem e que o filme critica seu complexo de superioridade. O final se torna bastante simbólico e voltado a essa crítica.
      Meu aviso para quem não gosta de cães de forma alguma, em nenhuma hipótese, não suporta nem ver um pêlo, é: assista! Por mais que você vá sim ouvir latidos furiosos dessas figuras, admire todo o trabalho e esforço da equipe e reconheça que a crítica feita não vale apenas para os homens em relação aos cães, mas em relação a qualquer coisa.


     Então, aqui fica minha recomendação dessa semana: White God. Espero sinceramente vê-lo indicado como Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2016. Roteiro, trilha sonora, fotografia e atuação foram bons resultados de um trabalho sério e uma crítica construtiva. Um filme espetacular que está entre meus favoritos, sem sombra de dúvidas.



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