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Crítica de Poltergeist - O Fenômeno.

      Quando pensamos em remakes de filmes, é natural que um dos nossos primeiros pensamentos, seja sobre como esse filme será feito. Definindo melhor, achamos que serão idênticos ao original. Entretanto, isto não aconteceu com Poltergeist - O Fenômeno.
      Diferentemente de seu antecessor, o filme de 2015 inicia com a chegada da família Bowmen a uma nova casa, em um bairro pequeno. O motivo da mudança é óbvio: o pai perdeu o emprego, e a crise não permite manter os custos de uma casa grande. O diretor Gil Kenan dedica bastante tempo às relações entre os membros da família, com um retrato realista do casal interpretado por Sam Rockwell e Rosemarie DeWitt e dos filhos pequeno, com suas brigas e brincadeiras.
      O filme acaba pecando no excesso de acontecimentos clichês de filmes de terror. Nada que você já não esteja esperando. Ele nos dá a impressão de ser algo contemporâneo, onde o real inimigo são os "monstros" e quanto mais, melhor.
      A trama, infelizmente, é recheada de furos. Como já dito acima, o pai estava desempregado e sem dinheiro algum. Mas, em determinado momento, ele compra presentes para todos dá família sem explicação alguma do porque disso. Outro furo, é que com grandes coisas acontecendo na casa, nenhum vizinho aparece, para ver o que estava acontecendo. Já o palhaço, que está em todas as ações de marketing do filme, não aparece mais do que em dois minutos.
      Dentro da casa, cada um dos três filhos é atingido por uma grande manifestação sobrenatural. Nestas cenas, quando o espectador começa a temer por uma das crianças, a imagem corta para mostrar o sofrimento da outra, incomodando a quem está assistindo. Mesmo assim, a produção conseguiu demonstrar seu domínio em efeitos especiais, como a cena da árvore, por exemplo. Estas cenas também mostraram o talento de Saxon Sharbino (que já havia trabalhado com Rockwell, em 'Trust Me' e que, em minha modesta opinião, foi quem melhor atuou) e do ótimo ator mirim Kyle Catlett, verdadeiro protagonista da história.
      A história se desenrola, com o sumiço da filha mais nova, até que chega o especialista em poltergeists, Carrigan Burke (Jared Harris). Ele traz à tona um dos maiores clichês do gênero de terror: logo após entrar na casa, o homem faz uma descrição ridiculamente precisa do fenômeno, explicando o plano ideal para salvar a pequena Maddie.
      O filme tenta nos mostrar como era as trevas, ao invés de só nos deixar imaginar. Porém, as cenas são extremamente confusas. Com cenas de comédias em horas erradas e uma grande explosão no final, em desarmonia com o resto do filme, Portergeist - O Fenômeno foi mais uma prova de que só atuações boas não fazem um bom filme. É necessário uma história um pouco mais original e criativa.

Notas:
Atuação dos atores: 10
Efeitos Especiais: 9
Figurino: 9
Fotografia: 7
Harmonia: 6
Roteiro: 5
Trilha Sonora: 7
3D: 7
Nota Final do Filme: 7,5

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