Mike Cahill
Um diretor e duas obras incríveis.
Leitores, esse post é algo
que eu já havia pensado em publicar no exato momento em que entrei pra equipe
do blog e meus amigos sabem que eu não canso de falar sobre o diretor Mike Cahill. Seus dois principais filmes me deixaram de boca aberta e estou aqui para fazer essas recomendações.
Não faz muito tempo que assisti Another Earth, um filme
de ficção científica dirigido e escrito por Mike Cahill juntamente com a atriz e roteirista Brit Marling, lançado em 2011. Fiquei extremamente
admirada com o trabalho de Mike, que conseguiu focar em um drama particular
enquanto todo o planeta vivenciava uma descoberta realmente fascinante.
Brit Marling e William Mapother interpretaram os protagonistas
da história e atuaram também na obra seguinte de Mark Cahill, I Origins. Os
dois conseguiram fazer um excelente trabalho juntos. Além disso, a fotografia e a trilha sonora não deixam a desejar, na minha opinião.
A trama gira em torno de um acidente de carro
provocada pela estudante Rhoda Williams (Brit Marling) que matou a família do
músico John Burroughs (William Mapother) e o deixou em coma, no exato momento
em que anunciavam a descoberta de outro planeta, idêntico à Terra, e que se
aproximava a cada dia.
Depois de passar quatro anos cumprindo pena na prisão,
Rhoda decide procurar John, em uma tentativa de compensá-lo por toda a dor que
lhe foi causada. A partir daí, o contato entre essas duas personagens, paralelo
a toda a comoção mundial diante da aproximação de um planeta desconhecido que
começa a aparentar ser uma cópia do planeta Terra, traz como consequência um
final surpreendente e de tirar o fôlego.
Assim como em I Origins, Another Earth é uma ficção
científica muito bem construída, sem efeitos especiais exagerados e muito
barulho como vemos nos filmes de Michael Bay. Houve uma forma
balanceada e intensa de abordar a busca de uma segunda chance com a evidenciação de um universo paralelo.
I Origins, filme que foi exibido pela primeira vez no
Festival de Sundance no ano passado, já possui uma história-base um pouco mais
complexa e bem marcante. Uma urdidura que dialoga a ciência e a fé, utilizando um
artefato tecnológico futurista, que se apresenta na história como sendo a
substituição do registro biométrico pelo registro através das íris.
Um cientista chamado Ian Gray (Michael Pitt) executa
pesquisas a respeito da íris ocular. Um homem ateu que se depara com Sofi (Astrid Berges-Frisbey), uma
mulher crédula, peculiar e que possui heterocromia central. Sua
assistente Karen (aqui está Brit Marling novamente) o ajuda nas pesquisas
e apenas após o acontecimento central da história, é que adquire uma maior
participação no desenrolar da linha. William Mapother faz uma sutil
aparição no filme, nada que exceda poucos minutos.
O que realmente atrai o espectador é de que forma algo que contradiz o que o cientista defende conseguiu interferir em sua vida e levá-lo ao outro lado do mundo. Toda a dor da perda e a vontade de seguir em frente quebram paradigmas.
Mike Cahill conseguiu criar sua marca registrada nessas
duas obras, que para mim, são excepcionais. É um diretor, produtor e roteirista novo e que merece ser
acompanhado. O detalhe é que para suas películas serem bem admiradas, o
espectador deve se colocar diante da tela com a mente totalmente aberta e
esquecer verdades pessoais a respeito de ciência e religião. Não são filmes com
teorias consistentes e nem possuem tentativas de convencimento a respeito de
nada. São puras e simplesmente obras de arte. São imagens e sons que imediatamente te fazem pensar na vida.
E você? Já conhecia Mike ou algum de seus filmes? Se interessou? Conta pra gente! ;)
E você? Já conhecia Mike ou algum de seus filmes? Se interessou? Conta pra gente! ;)
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